Pages

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Maria Schneider




Em 4 de fevereiro de 2011, Renato Lemos Dalto, amigo e jornalista,escreveu:
Maria Schneider
Ela será sempre a referência de uma beleza rebelde, desafiadora das convenções estéticas e morais. O
cabelo desgrenhado, o olhar perdido, o doce sotaque
francês, aquele tango e aquele non sense da vida. Dizia
que Marlon Brando era um “anjo gelado”, mas com ele
protagonizou alguns momentos que glorificam o cinema e a
vida em “O Ultimo Tango em Paris”, obra-prima de
Bertolucci.
       Depois dela, nossas musas deixaram de lado a estética publicitária e valeram mais pelo sentido outsider que imprimiam a si mesmas. Foi o doce anjo feminino de nossos anos rebeldes, mas depois dela também nosso olhar para o feminino mudou muito. Ah, a tentadora beleza das almas perdidas...
       A vida se apagou ontem dos olhos negros de Maria Schneider. Tinha 58 anos, mas será sempre a menina de 19 anos na nossa lembrança, a personagem que amou um homem sem ao menos saber seu nome, a que enfim colheu amor em meio ao
desespero e à náusea existencial e iluminou com seu
olhar uma Paris cinza e sem graça. O estendido solo de um sax, as caminhadas, aquela dança no salão, os cabelos encaracolados dela estarão sempre na nossa lembrança e vivos no cinema. Pura poesia de uma mulher que vestiu a beleza com o mais sedutor sentido da melancolia.





Zé Weis, em 4 de fevereiro, à noite, respondeu:
Sinto até que alguma coisa de nós morreu com Maria Schneider. Talvez o encanto, a sedução por viver um amor ao vivo, incondicional. Algo desesperado e belo a um só tempo e lugar. Dois corpos entrelaçados de tesão e egoísmo. Quem perdeu o Último Tango dançou?

1 comentários:

Arthur Danton disse...

weis!!!!!!
belo texto do renatão... tô chegando agora no blog, depois vou ler teus poemas com calma...
forte abraço!

Postar um comentário